99: primeiro unicórnio brasileiro

99: a da criação do primeiro unicórnio brasileiro

Crezo Suerdieck Dourado

O empreendedor Paulo Veras é hoje conhecido por ser um dos fundadores da 99 — o aplicativo de transportes que se tornou o primeiro unicórnio (startup avaliada em mais de US$ 1 bilhão) brasileiro. Mas as bases para a construção desta trajetória empreendedora de sucesso começaram muito antes disso.

O currículo de Veras inclui a criação de um negócio nos primórdios da internet no Brasil (uma empresa chamada Tesla), a dedicação de anos da carreira à ONG Endeavor e até a fundação de uma startup de compras coletivas que acabou quebrando.

“Eu não teria conseguido construir as coisas que construí se não tivesse passado pela Endeavor, por exemplo, e aprendido muita coisa por lá”, conta Veras, que comandou a ONG no Brasil entre 2004 e 2008.

A 99 foi fundada em 2012 — ano em que uma série de outros aplicativos de transportes começaram a chegar ao país — incialmente para corridas de taxi. Veras, na época com quase 40 anos, construiu o negócio com dois sócios: Ariel Lambrecht e Renato Freitas, que tinham 29 anos.

“Nós tínhamos muito menos dinheiro que os concorrentes. Mas tínhamos competências muito complementares e o que precisava para fazer o negócio dar certo”, diz Veras, que afirma que a base para a construção da 99 foi contratar funcionários jovens com mentalidade empreendedora e desenvolver um produto focado na experiência do cliente.

Durante o desenvolvimento do negócio, Veras ainda descobriu que estava com leucemia, em 2015, e iniciou um processo intenso de tratamento enquanto ainda comandava a empresa.

Com o acirramento da competição entre 99 e Uber no Brasil, Vera e seus sócios venderam a 99 para a chinesa Didi Chuxing no começo de 2018.

Empresas como a 99 demonstram o verdadeiro potencial das startups brasileiras e o que elas podem apontar de inovação também para as grandes empresas de tecnologia.

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