Adeus Oi!

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Consórcio firmado entre Vivo, Tim e Claro vence leilão da rede móvel da Oi

Empresa havia entrado em recuperação judicial em 2016 com dívida de R$ 64 milhões para 55 mil credores

Fotos: Divulgação

O consórcio firmado entre a Vivo, a Tim e a Claro venceu o leilão da rede móvel da Oi, que entrou em recuperação judicial em junho de 2016, após acumular dívida bruta de R$ 64 milhões com cerca de 55 mil credores.

Em um leilão sem competição, realizado no Rio de Janeiro, na última segunda-feira (14/12), a marca Oi desaparece do mercado de telefonia.

Creso Suerdieck DouradoSegundo Creso Suerdieck, especialista em recuperações judiciais, o negócio integra a UPI para pagamento dos credores. “O valor arrecadado não fará frente ao montante devido pela empresa, mas os ativos que sobraram precisam gerar investimentos a fim de saldar as dívidas faltantes. Não pode ser como na Varig, onde fizeram uma UPI e um grupo estrangeiro comprou por R$ 70 milhões, mas a dívida da empresa era de R$ 2 bilhões. O plano era de operação de apenas uma aeronave para a empresa não parar e gerar rentabilidade, mas isso não funcionou e a Varig faliu”, lembra.

Faz parte do plano de recuperação da companhia se desfazer dos ativos. O data center foi vendido para a Titan Venture Capital e Investimentos por R$ 325 milhões. As torres foram compradas pela Highline do Brasil, do grupo norte-americano de private equity Digital Colony, por R$ 1,067 bilhão.

O leilão da rede móvel foi coordenado pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, juizado responsável pela recuperação judicial da empresa. Com a venda, a Oi ficou apenas com os ativos de infraestrutura e fibra, da unidade criada InfraCo, que também terá parte vendida ao preço mínimo de R$ 6,5 bilhões. O comprador terá 51% do capital votante.

Com a saída da Oi, o mercado de telefonia ficará ainda mais concentrado. As três concorrentes vão aumentar sua participação: a da Tim salta de 23% para 32%; Vivo, de 33% para 37%; e Claro, de 26% para 29%. Os outros 2% estão divididos entre pequenas operadoras regionais. A Oi não se manifestou sobre a venda da operação móvel.

Data Center

Em comunicado ao mercado, a Oi explica que o contrato de compra e venda da operação de data center foi assinado em 11 de dezembro de 2020, junto à Titan Venture Capital e Investimentos “em conformidade com o aditamento ao Plano de Recuperação Judicial homologado pelo Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro em 5 de outubro de 2020”.

Segundo o comunicado, a Titan pagará R$ 250 milhões à vista e o valor remanescente, de R$ 75 milhões, em parcelas. “A efetiva conclusão da operação, com a transferência das ações relativas à UPI Data Center para a Titan, está sujeita ao cumprimento de condições precedentes usuais para operações dessa natureza, previstas no contrato”, informou.

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