Dívida de R$ 1,2 bilhão – Supervia entra com pedido de recuperação judicial

Fotos: Divulgação

Concessionária afirmou que perdeu a metade dos passageiros durante a pandemia

 

A Supervia, concessionária responsável pelo serviço de trens urbanos no Rio de Janeiro, entrou com um pedido de recuperação judicial. A concessionária afirmou que perdeu a metade dos passageiros durante a pandemia e acumulou uma dívida de cerca de R$ 1,2 bilhão.

 

 

A empresa disse que o pedido junto ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) objetivou preservar a prestação de serviços aos passageiros e iniciar um ciclo de negociações com os credores.

 

 

De acordo com Creso Suerdieck, especialista em recuperações judiciais e falências, o transporte público foi um dos mais afetados com a pandemia de Covid19. “De um lado, o governo decreta lockdown e solicita que todos fiquem em casa. Por outro lado, exige que as empresas de transporte urbano coloquem suas composições nas ruas para suprir uma eventual necessidade do consumidor. Isso acaba criando diversas dificuldades para que as companhias tenham uma contrapartida financeira”, avaliou Creso. 

 

 

Segundo ele, diversos empresários do setor faliram durante o período pandêmico. “Para a opinião pública, os governantes falam que dão linhas de crédito e que estão apoiando os empresários. No entanto, na prática, nada está sendo feito para ajudar os donos de empresas desta área específica”, afirmou Creso.

 

 

Desde março de 2020, a Supervia relatou que acumula perda financeira de R$ 474 milhões como resultado de uma redução de mais de 102 milhões de passageiros até 2 de junho deste ano. Antes da pandemia, a concessionária transportava cerca de 600 mil passageiros diariamente. A companhia alegou que, atualmente, o fluxo diário se estabilizou em 300 mil passageiros por dia.

 

 

Com o agravamento da pandemia e a crise econômica, a recuperação total do fluxo de passageiros está prevista para 2023, segundo números da empresa.

 

 

A Supervia observou que grande parte da dívida foi contraída para pagar os custos da operação deficitária durante a pandemia do coronavírus.

 

 

Ainda assim, ao longo do período da pandemia, passageiros reclamaram da lotação e da falta de condições mínimas no transporte.

 

Em 28 de maio deste ano, um trem do ramal Belford Roxo pegou fogo no trecho entre as estações de Del Castilho e Pilares. Segundo o Corpo de Bombeiros, três pessoas ficaram feridas durante o desembarque, feito às pressas, entre os trilhos.

 

 

Um bombeiro relatou que o extintor de uma composição estava vazio e não pôde ser usado no combate às chamas.

 

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