Durante a pandemia – Empresa foca na produção de embalagens de papel para reduzir impacto na natureza

Foto: Divulgação

Indústria de recipientes de papelão contribui para diminuição dos impactos ambientais diante do aumento do delivery e uso de descartáveis

 

O aumento da demanda do serviço de delivery gerou impactos nas empresas e no meio ambiente. Restaurantes precisaram investir mais em embalagens descartáveis e a natureza está sofrendo com o aumento do descarte incorreto destes resíduos. Uma alternativa tem sido as embalagens de papel.

Além de serem recicláveis, elas se decompõem quando descartadas inadequadamente.

 

Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais revelaram que, neste mesmo mês do ano passado (junho de 2020), houve aumento de 30% na geração de materiais descartáveis. Este crescimento que já havia sido verificado no mês anterior: 28%.

 

Diante disso, em abril de 2020, o empresário Carlos Henrique Siqueira se lançou no desafio de viabilizar produtos que atendessem às demandas dos empresários de maneira sustentável. Siqueira criou a Global Embalagens, com sede em Betim (MG), que produz ítens de papel. “Conseguimos nos inserir de maneira positiva neste setor graças à nossa preocupação ambiental, pois produzimos embalagens de papel que são facilmente recicláveis e, que se forem descartadas em locais inadequados, se decompõem em quatro meses”, destaca o empresário.

 

A preocupação ambiental começa já na linha de produção. A tinta utilizada na impressão é atóxica e todos os resíduos da fabricação são encaminhados para a empresa fornecedora de papel, que faz a reciclagem do material. “Nada do processo vai para o meio ambiente ou para aterros”, ressalta o empresário. A linha de produção fabrica copos, potes e sacos, tudo sem plástico.

 

O papel é impermeabilizado com polietileno, substância não tóxica. De acordo com Carlos Henrique, muitos copos de papel de outras marcas recebem impermeabilização com lâminas de plástico, material que leva séculos para se decompor, enquanto que os papeis revestidos com polietileno são eficientes e se decompõem em quatro meses.

 

O resultado é sentido não apenas no meio ambiente, mas também nos números: em seu primeiro ano, a empresa saiu de uma produção inicial de 100 mil embalagens por mês para dois milhões mensais. “Pretendo transformar a Global em líder deste segmento, pois há demanda.

 

O plástico está sendo substituído pelo papel, até porque diversos estados e municípios têm criado leis para diminuir o consumo de materiais plásticos”, conclui Carlos.

 

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