Redução de 3% no fechamento

Redução de 3% no fechamento

Redução de 3% no fechamento: Microempreendedores mostram força mesmo com retração econômica do país

Pessoas que ficaram desempregadas abriram seu próprio negócio, segundo especialista

(Foto: Agência Brasil)

O primeiro semestre de 2020 se mostrou positivo para as empresas, de maneira especial para os MEIs (microempreendedores individuais), mesmo com a pandemia no Brasil. Pesquisa realizada pela proScore identificou que entre janeiro e junho deste ano foram abertas 885 mil empresas, 13% a mais que nos primeiros seis meses do ano anterior (778 mil). O fechamento de empresas também atingiu dado animador: redução de 3%, sendo 285 mil fechamentos nos primeiros seis meses deste ano, contra 294 mil em 2019 (mesmo período).

O aumento expressivo na abertura de empresas é motivado, ao que tudo indica, por pessoas que estavam desempregadas e se encontraram na formalização de um negócio. Segundo Ivan Barbiero, sócio-diretor de inteligência de dados da proScore, o crescimento dos MEIs endossa essa análise. “Essa natureza jurídica representou 87% das novos CNPJs, sendo salões de beleza, lojas de vestuário, pedreiros, promotores de venda e lanchonetes as atividades mais exercidas”, conclui Barbiero.

Baixo custo fixo de estrutura

Há elevada probabilidade destas empresas não encerrarem suas operações até o final do ano. Ainda com o impacto econômico causado pelo isolamento social, esse tipo de empresa tem como principal gerador a própria força de trabalho e, grande parte, baixo custo fixo de estrutura. Destaca-se ainda a contratação desse tipo de empresa por outras companhias. Popularmente conhecida como “pejotização”, esse tipo de relação tirou muitas pessoas da zona de desemprego e responde por uma parcela significativa dos MEIs em atividade.

“Com a pandemia, muitas empresas se viram obrigadas a adotar o home office para manterem suas atividades e a flexibilização das regras de trabalho demonstra que o futuro será regido pela produtividade e não somente pelas horas trabalhadas, como a maior parte das empresas adota atualmente” destaca Barbiero.

Transformação digital

Outro ponto que tem favorecido muito as empresas em meio ao cenário desafiador da pandemia é a transformação digital, que permitiu aos empresários de todos os portes a venda de seus produtos ou serviços online, participando de Market Places ou criando seus próprios canais de venda. Nos últimos meses houve um aumento de 23% na procura de serviços de conexão com os provedores de internet, em comparação ao primeiro semestre deste ano, de acordo com dados da proScore.

O Estado de São Paulo registra a maior quantidade de abertura de empresas, com pouco mais que 250 mil, seguida por Minas Gerais, com 93 mil, e pelo Rio de Janeiro, com 82 mil.

Creso Suedieck

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