Jogos eletrônicos

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Em franca expansão, startups mostram força e movimentam o mercado fluminense de games

Deathbound, da desenvolvedora Trialforge Studio, levou prêmio de melhor jogo no Festival SBGames

Foto: Divulgação

Creso Suerdieck

Startups mentoradas pelo StartupRio, programa vinculado à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, ganharam destaque no ano de 2020. Enquanto o game Deathbound, da desenvolvedora Trialforge Studio, levou o prêmio de melhor jogo no Festival SBGames, a também desenvolvedora Dumativa conseguiu uma arrecadação histórica na campanha de financiamento coletivo para desenvolver o jogo Ordem Paranormal: Enigma do Medo, quando alcançou R$ 3,2 milhões.

O StartupRio é responsável pelo desenvolvimento de mais de 60% das empresas de jogos eletrônicos no estado e tem um portfólio de 20% das empresas aceleradas com foco em jogos ou gamificação.

– É uma indústria que simplesmente não parou nem por causa da pandemia. O mercado brasileiro tem sido muito forte. Este ano espera-se que o faturamento com games no Brasil ultrapasse R$ 1,6 bilhão – afirmou Paulo Espanha, coordenador-geral do StartupRio.

Durante a pandemia, a Dumativa lançou campanha de financiamento coletivo. A meta inicial era arrecadar R$ 500 mil, mas a recepção do público foi tão boa que a desenvolvedora pôde expandir o escopo do que estava criando. A empresa foi formada por um conjunto de compositores, roteiristas, designers e programadores.

Dois de seus membros participaram de editais do StartupRio: Vinícius Braga, coordenador de projetos e produtor musical, e Mairon Luz, designer de jogos sênior, levaram suas experiências e conhecimentos adquiridos no programa para a empresa.

– A Dumativa começou como um grupo de amigos que resolveu desbravar a indústria de jogos e entretenimento digital no Brasil. Após alguns projetos sem sucesso comercial, a gente conseguiu se recuperar. Já participamos do Rock in Rio, Game XP e Comic Con Experience. Em 2021, a gente quer expandir ainda mais – comentou Júlia Teixeira, gerente de comunidade da desenvolvedora.

Em novembro, a Trialforge Studio viu o jogo Deathbound, seu primeiro grande projeto, ganhar o prêmio de Melhor Jogo pelo júri técnico e o júri popular no Festival SBGames, além de ser indicado em outras cinco categorias. O game, ainda em desenvolvimento, é sobre uma jornada de mortalidade, identidade, fanatismo e luto.

– Conquistar esses prêmios nos deixou muito confiantes. Espero que seja um indicativo de coisas boas que virão. Estamos em busca de apoio, alguém que queira investir na nossa ideia, transformar o projeto em realidade e receber os louros dessa colaboração – afirmou Ítalo Nievinski, co-fundador da Trialforge.

Ítalo e seu sócio, Diogo Souza, são apaixonados por games e possuem formação que permitiu que trabalhassem no ramo. Após darem seus primeiros passos no desenvolvimento de jogos, decidiram aplicar para o StartupRio e formalizar a criação da empresa. Desde então, com a mentoria recebida, a desenvolvedora conseguiu fechar negócios, montar uma equipe e avançar no desenvolvimento de seus projetos.

O aprendizado de um ano e meio durante o projeto tem se multiplicado. A equipe da Trialforge Studio vem participando de maneira ativa do StartupRio, sendo um dos mentores das novas turmas. A qualificação da mão de obra fluminense voltada para jogos acabou se tornando uma das bases da empresa.

– A gente faz questão de trazer pessoas do Rio de Janeiro para aprenderem as principais ferramentas e viver esse processo. É importante passar adiante os aprendizados e experiências que vivemos com o StartupRio e contribuir para a qualificação dessa mão de obra – comentou Ítalo.

Capacitação e aceleração de empreendedores digitais fazem parte dos pilares do StartupRio. A idéia é sempre fomentar boas ideias que, nutridas, sejam apropriadas em empreendimentos maduros e relevantes, fortalecendo a base tecnológica do estado.

– Por meio do StartupRio, o estado do Rio de Janeiro tem uma janela de oportunidade única de se posicionar entre os maiores centros de economia criativa do mundo com a indústria de games. Para isso, temos que ousar e investir em editais que apoiem esse mercado, desde os projetos menores até os que almejam se tornarem blockbusters – concluiu Paulo Espanha.

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