Bares e restaurantes irão sobreviver?

Nossos bares e restaurantes irão sobreviver

TODO MUNDO ESPERA ALGUMA COISA DE UM SÁBADO À NOITE

Nossos bares e restaurantes irão sobreviver?

Creso Suerdieck Dourado

A pandemia atingiu em cheio o setor de bares, restaurantes e eventos. A reabertura na semana passada, com as calçadas do Leblon lotadas, nos fez pensar que, ir comer e beber fora, era o que mais nos fazia falta durante o isolamento. Mas o que vai acontecer agora?

Primeiramente, vale lembrar que a capacidade de todos os bares e restaurantes estão reduzidas. Não podemos garantir que o faturamento desses estabelecimentos será igual, ao que tinham antes da pandemia.

Algumas redes como Fogo de Chão e Ráscal reduziram o número de lojas e talvez, já não tenham o mesmo porte que antes. E, outros nomes que são referência da boa comida, podem desaparecer. Diversos restaurantes tradicionais do centro da cidade fecharam e o Governo Federal, parece não estar muito preocupado em salvar esse tipo de empreendimento, mesmo que isso signifique um maior número de desempregados.

Muitos deles, buscaram crédito para tomar algum tipo de fôlego, mas a exigência de garantias quase impossíveis de serem cumpridas, fez com que a grande maioria não conseguisse obter esses empréstimos. Ao invés, de darem um voto de confiança ao empreendedor, categoria tão defendida pelos liberais, preferiram deixá-los à sua própria sorte.

Bem, depois de uns bons drinks e de um belo jantar, o brasileiro sempre gosta de curtir à noite, seja nas baladas ou nos shows. O setor do entretenimento foi o mais atingido, aqui estão incluídos: boates, shows, teatros e cinemas.

Esse setor gera milhões de empregos, diretos e indiretos e fica muito difícil imaginar, quando um show com arquibancada e pista lotada no Allianz Parque poderá voltar a acontecer? Ainda, que a volta dos cinemas e shows na modalidade Drive-Thru já seja uma realidade, fica evidente que a capacidade do público fica muito reduzida e não sabemos se o valor arrecadado cobre as despesas do evento.

Segundo o cantor Belo, há uma vantagem de assistir o show dele dentro do carro: antes o ingresso era caro e você não podia fazer amor, agora pode! Bem, com a maioria dos carros usando insul-film não é nada impossível.

Os cinemas estão tentando se adaptar, mas ir ao cinema com a namorada e ficar separado por uma cadeira de distância, também não parece nada animador.

A recente Lei Aldir Blanc, que promete o auxílio no aporte de 3 bilhões para o setor, ainda está em fase de cadastramento dos artistas e empreendedores, sendo que destinará o auxílio de R$ 600, para os artistas e técnicos e de R$ 3.000 a R$ 10.000 para os estabelecimentos. Será que esses valores são realmente suficientes para alguns espaços voltarem às atividades?

Seguiremos esperando alguma coisa de um sábado à noite, mas o bom mesmo é que chegue logo a vacina contra a covid-19.

Creso Suerdieck Dourado

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