Em ebulição – Fusões em crescimento e possíveis alvos agitam mercado das corporações

Seis companhias estão em alta na Bolsa de Valores para “casamentos” futuros

 

As operações de fusões e aquisições dispararam no país e bateram recorde no primeiro trimestre deste ano. Segundo dados da KPMG, que faz levantamentos sobre esses negócios desde o início dos anos 2000, foi o melhor trimestre da história.

Segundo a consultoria foram 375 operações no período, alta de 31% sobre o mesmo intervalo do ano passado (286) e um salto de 47% sobre as 255 do último trimestre de 2020. O recorde anterior era 352, no quarto trimestre de 2019.

 

Seis companhias estão em alta na Bolsa de Valores para serem os próximos alvos de um possível casamento: Tecnisa, 3R Petroleum e Petrorecôncavo, Qualicorp e Rede D´Or, Stone e Méliuz, Marisa e Enjoei.

 

Segundo Creso Suerdieck, especialista em fusões e aquisições de companhias, as empresas possuem perfis distintos. “A Stone, por exemplo, está com caixa, em crescimento. Tem governança bem estruturada e liquidez. Outras empresas estão ‘entrando no jogo’, como a Petrorecôncavo, que é uma companhia séria, com um passado considerável. Cada uma delas precisa de atenção especial do mercado”, avalia.

 

Com relação à Tecnisa, Meyer, o proprietário, parece estar disposto a vender a empresa. Seria uma solução interessante para quem tem um grande banco de terrenos e uma construtora de qualidade, mas sem capacidade de lançar na atualidade.

 

Já o mercado está à espera da compra da Petrorecôncavo pela 3R Petroleum. A fusão das companhias pode fazer com que as ações da 3R dobrem.

 

No que se refere à Qualicorp e Rede D´Or, a primeira superou questões históricas de governança e se encaixaria perfeitamente na Rede D´Or, que continua aumentando sua participação no mercado financeiro.

 

A Stone sempre foi referência em execução e empreendedorismo, mas perdeu musculatura. Neste sentido, uma fusão para recuperar dinamismo, ampliar a gama de produtos e abarcar jovialidade seria com a Mélium.

 

Com os grupos Somma e Arezzo valendo quase R$ 10 bilhões, a Marisa é quase uma opção de graça. Pode haver sinergia e ela virar alvo até da Renner.

 

Sobre a Enjoei, a ideia da IPO sempre foi crescer para ser vendida. Magazine Luiza é forte candidata.

 

 

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