Magazine Luiza: sofre ataques
Magazine Luiza lança programa de trainee para negros e sofre ataques
Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração da Magazine Luiza, diz que eles já esperavam pelas críticas, mas afirma que o programa tem respaldo legal
O anúncio da Magazine Luiza, de que fará um trainee exclusivo para negros foi alvo de ataques no fim de semana, sob argumento de que a iniciativa seria ilegal e racista.
A empresária Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração da Magazine Luiza, diz que eles já esperavam pelas críticas, mas afirma que o programa tem respaldo legal:
“Acreditamos que as pessoas vão entrar juridicamente, mas a gente vai lutar e não vamos desistir tão fácil”, disse.
No sábado, a juíza do Trabalho Ana Luiza Fischer Teixeira de Souza Mendonça afirmou no Twitter que o programa era inadmissível.
Os deputados federais bolsonarisitas Carlos Jordy (PSL-SP) e Daniel Silveira (PSL-RJ) disseram que a iniciativa não teria respaldo legal.”Discriminação na contratação em razão da cor da pele: inadmissível”, escreveu Mendonça, que é juíza no TRT-3 (Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais) e integrou a comissão de redação da reforma trabalhista do governo Michel Temer (MDB).
Atualmente, o Magazine Luiza tem em seu quadro de funcionários 53% de pretos e pardos. Mas apenas 16% deles ocupam cargos de liderança.
Segundo a empresa, o programa de trainees lançado nesta sexta-feira é o primeiro exclusivo para negros do Brasil.
O salário é de R$ 6,6 mil, com benefícios e bônus de contratação de um salário.
Candidatos de todo o país podem participar, desde que tenham disponibilidade para se mudar para São Paulo. Caso o selecionado seja de fora da cidade, receberá um auxílio-mudança.
Serão aceitos candidatos formados de dezembro de 2017 a dezembro de 2020, em qualquer curso superior. Conhecimento de inglês e experiência profissional anterior não são pré-requisitos para a seleção.
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