Abrir o comércio

Abrir o comércio

ABRIR O COMÉRCIO – UM RISCO NECESSÁRIO

 

Creso Suerdieck DouradoSer empresário no Brasil nunca foi tarefa fácil, haja vista a quantidade de impostos que existem. Todos nós sabemos que ao admitir um funcionário, há uma série de encargos que oneram os custos do salário, em quase o dobro para o empregador. Por isso, que as reformas trabalhistas foram tão defendidas pela FIESP.

Com a pandemia do Corona vírus, a vida dos empresários, que já era difícil, passou a ser aterrorizante. Falo principalmente dos lojistas, que até a presente data, estão de portas fechadas, sem que as vendas on-line possam lhes dar algum retorno significativo para manutenção do seu negócio.

Já há uma série de vídeos que andam viralizando nas redes sociais, de empresários se queixando das dificuldades em manter seu negócio. Todas as ajudas prometidas pelo governo aos médios e pequenos empresários, não está sendo obtida, em razão da exigência de inúmeras garantias, que muitos não têm como cumprir.

Por outro, os números de infectados e de mortes ainda não está numa curva decrescente, o que faz com que Governadores e Prefeitos mantenham muitas medidas restritivas de fechamento de comércios, shoppings e restaurantes. A reabertura em algumas capitais, já gerou preocupação nos índices de casos.

Alguns lojistas que já estão de portas abertas, não estão tendo motivos para comemorar, já há casos em que faturam R$ 50,00 por dia. E, não sabemos se isso irá mudar para melhor em pouco tempo.

O poder público parece estar focado apenas nos números de casos e mortes, sem pensar que muitos empresários estão passando dificuldades, principalmente para manterem seus empregados. Isso gera uma crise ainda maior, colocando diversas famílias em situação de vulnerabilidade extrema, sem que tenha algum remédio que possa curar essa dor.

O Brasil segue sendo um dos países que menos testes aplicou no mundo e isso prejudica, a retomada das atividades econômicas, educativas e culturais. Os 40 milhões de testes prometidos pelo Ministro Paulo Guedes, nunca chegaram e será justamente, nossa economia que será a mais atingida pela pandemia.

A pasta do Ministério da Saúde segue sendo gerida por um militar, que tem grande experiência em logística, mas pouco sabe de medicina. A interlocução entre o Governos Federal e os Estados e Municípios, nunca foi amistosa. O controle da pandemia e das medidas de prevenção parece estar longe do foco da preocupação do governo federal.

Sabemos que a retomada do comércio é um risco, mas é um risco mais do que necessário. Se não existir uma ação que estimule a economia de forma urgente, preocupada essencialmente com a eminência da falência dos empresários, passaremos a viver sob os escombros de uma má gestão do poder público, que demorará muito tempo para ser recuperada.

 

Creso Suerdieck

 

 

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